Procuraste-me e, medroso, escondi-me atrás das saias da deusa Eclestes. Da última vez fui mais corajoso mas, dessa outra vez, era novo e destemido.

A idade trouxe-me as dores e a compreensão. Prefiro esconder-me para sempre nas saias da deusa Eclestes, porque já não pertenço à realidade que conheces, sou um outro homem e como tal diferente das recordações doutros tempos. Espero que compreendas e me ajudes a ser o homem novo que me propus a ser.

Daqui em diante serei, para ti, apenas uma nuvem num céu de tempestade. Uma nuvem num céu cheio de nuvens, onde será difícil saberes qual eu sou – porque serei uma nuvem – num céu carregado de nuvens …